domingo, 2 de maio de 2010

Ateu, graças a Deus


Não lembro se em algum momento da minha vida acreditei em Deus. Desde quando me entendo por gente, apesar dos esforços da minha mãe, Deus nunca foi algo importante na minha vida, nunca precisei temê-lo para fazer o que acho certo. Muito pelo contrário, sempre acreditei que as maiores atrocidades cometidas pela humanidade foi em Seu nome.

Lembro de uma greve de policiais militares que aconteceu na Bahia. Sem policiais nas ruas, pessoas que nunca cometeram um delito foram para rua saquear supermercados. Trabalhadores até então idôneos se transformaram em vândalos. Se não tiver um alguém com um cacete enorme do seu lado prestes a te bater caso você infrinja alguma lei, a convivência pacífica entre as pessoas não existiria. É mais ou menos esse o papel da religião, funciona como uma ferramenta de controle social que pune com um estadia eterna no inferno aqueles que roubam, matam ou cobiçam a mulher do próximo.

É claro que isso é importante, mas estudos recentes têm mostrados que a educação tem esse mesmo papel social que a religião, vide exemplo retratado no excelente livro A Cabeça do Brasileiro.

Resolvi criar o Ateu, Graças a Deus depois de algumas experiências com religiões para meu outro blog, o Ilhados.com. Contarei neste espaço minhas impressões sobre as diversas designações, participarei de encontros e cultos, vivenciarei anonimamente, tentando de forma etnográfica desvendar se Deus, forças ocultas, espíritos obsessores, bruxas ou encontos realmente estão entre nós.

Seja bem-vindo!

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